quinta-feira, 27 de novembro de 2008


No Dia Nacional da Educação a Distância, comemorado ontem (27, o Ministério da Educação (MEC) celebrou o fortalecimento da modalidade como oferta de qualidade de educação superior. Passados pouco mais de dez anos desde o início do primeiro curso de graduação, oferecido pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), essa forma de ensino evoluiu em vários aspectos. Segundo especialistas, ela se apresenta cada vez mais consolidada no Brasil e vence resistências. O sistema de educação a distância brasileiro é formado por 109 instituições, das quais 49 particulares e 11 comunitárias e confessionais, além de 49 públicas — universidades e centros federais de educação profissional e tecnológica (Cefets). Nelas estudam 760.599 alunos. Dados do Censo da Educação Superior de 2006 revelam que, de 2003 a 2006, os cursos de graduação cresceram 571%. “A expansão do sistema está acelerada e grande parte dos cursos é realmente muito boa, mas estamos trabalhando num amplo processo de supervisão para que a qualidade seja mantida”, explica o secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky. Na semana passada, o MEC divulgou a desativação de 1.337 pólos em todo o País.Em 2007, após discussão com a comunidade, o MEC publicou uma série de referenciais de qualidade para regular o setor. Segundo o professor José Manuel Moran, da Universidade de São Paulo (USP), a educação a distância passou por vários estágios até chegar à atual fase de consolidação. “Primeiro, surgiu o desafio de fazer um curso de graduação. A tecnologia era muito nova. Em seguida, veio a construção de referenciais de qualidade e, agora, a modalidade se tornou de fato uma política pública que está se consolidando com a UAB”, disse, em alusão à Universidade Aberta do Brasil.
Fonte:Jornal da educação,28/11/08