quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Professores tiram ZERO

Mundo fechado

Hoje estava assistindo um programa jornalístico quando uma das noticias chamou atenção, tratava-se da avaliação feita pela Secretaria de Educação de São Paulo.
A situação é grave, três mil professores da rede publica de ensino conseguiram tirar 0 (zero), num total de 214 mil professores temporários foram inscritos para a prova e 15 mil não compareceram sendo que desse montante de professores temporários cerca de 3 mil docentes que não acertaram uma só questão. O exame foi feito no dia 17 de dezembro. O sindicato dos professores (Apeoesp) admite o grande número de docentes que constaram como ausentes ou zeraram na prova, porém a entidade tratou de atribuir o fato a falhas na organização do teste. Agora o pior foi a justificativa da representante do sindicato:
“ Basta colocar todas as alternativas em uma escolha apenas que certamente não irá zerar.”
Varias perguntas surgem, quantas questões um ser desse acertaria em um teste? Como pode uma educadora ter tal postura? É o incentivo ao chutometro? Francamente.
A classificação dos professores temporários (juntando prova, tempo de serviço e títulos) está disponível no site da Secretaria: http://www.educacao.sp.gov.br/. É mesmo um fim triste,
o buraco negro provocado pelo ditos profissionais da educação que conseguem seus cargos e títulos de forma precária e despreparada.
Abaixo a nota que a Secretaria de Educação de São Paulo disponibilizou em seu site.
A TODOS PROFESSORES E PROFESSORAS QUE PARTICIPARAM DA PROVA DE CLASSIFICAÇÃO PARA TEMPORÁRIOS (OFA) DA REDE ESTADUAL
Comprometidos com o aprimoramento da qualidade da educação e de acordo com o Decreto nº53.037/2008 do governador José Serra, esclareceremos o seguinte:
A prova dos temporários foi causa de uma ação movida pela APEOESP, em 23 de outubro de 2008, no Tribunal Regional do Trabalho, local em que ficou acordado o novo critério para atribuição de aulas -- termo de audiência No. 232/08 -- com a aplicação da prova classificatória para os professores temporários da rede estadual de ensino. Na ocasião, a APEOESP assinou o acordo que estipulou, inclusive, medidas e procedimentos claros para a aplicação da prova.
Em cumprimento a esta decisão, foi aplicada uma prova, em dezembro, da qual, 214 mil professores participaram com a mesma lisura com que a fizemos. Até dois dias depois da aplicação dessas provas, recebemos recursos nas diretorias de ensino; a partir daí, ela seguiu para correção. Contamos com a Imprensa Oficial do Estado para nos ajudar nesta tarefa de divulgação de resultados e a atribuição das aulas foi marcada para 5/02/09, como estabelecia no nosso calendário.
Em 23/12/08, a APEOESP, descumprindo com o acordo firmado em outubro de 2008, entrou -- na 13a vara da Fazenda Pública de São Paulo -- com uma Ação Civil Pública contra a aplicação da prova para atribuição de aulas, e obteve uma liminar. Essa medida judicial foi cassada pela ação da Procuradoria Geral do Estado, órgão que nos defende judicialmente, em 16/01/2009. Ocorre que, na véspera da atribuição, no dia 4/02/09, houve novo recurso por parte da APEOESP, interrompendo mais uma vez o processo de atribuição das aulas, que teve de ser transferida para o dia 10/02/09.Gostaria de destacar ainda que o Poder Executivo respeita -- e sempre respeitou -- o Poder Judiciário. Ao acatar a decisão judicial da 13a Vara da Fazenda Pública de São Paulo, de 4/02/09, a Secretaria da Educação, enquanto governo responsável por cerca de 5 milhões de alunos, evitou que fosse prorrogado o início das aulas mais uma vez.
Dessa forma, para não prejudicar nossos milhões de alunos, cujos pais já se organizaram para o início do Ano Letivo, decidimos manter o início das aulas no dia 16/02/09. Assim, caros professores e professoras, nossa decisão está de acordo com nossa responsabilidade, o que não quer dizer que desistimos; o processo judicial continua, mas não terá efeito imediato para a atribuição que ocorre no dia 10/02/09.
Vamos buscar o mais rápido e melhor atendimento aos alunos neste semestre e criar as condições para que o processo judicial se resolva no mais breve prazo, de tal sorte que vocês, professores que deveriam, desde já, estar em sala de aula, possam vir a nos ajudar a cumprir o nosso objetivo comum: um ensino de qualidade.
Atenciosamente, Maria Helena Guimarães de Castro Secretária de Estado da Educação. (Fonte texto site da Secretaria de Educação de São Paulo) http://www.educacao.sp.gov.br/