terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pense no futuro porque crises são passageiras


A crise financeira vem de longa data. O problema começou nos Estados Unidos em 1998, com o boom no setor imobiliário e grandes empréstimos sem a comprovação de que poderiam ser quitados. Empresas de todo o mundo estão preocupadas, ou até mesmo temerosas, com o rumo que a situação econômica tomará e quando a crise se findará. Apenas nos EUA, mais de dez bancos foram fechados em 2008 e cerca de 90 estão com problemas, sem contar com a falência de empresas do setor imobiliário, momento em que a crise “estourou”. Até aqui, nada de novo.O que pode significar a crise para o colaborador, o funcionário que levanta diariamente para o trabalho sem saber se o trabalho estará lá, quando ele chegar. Na realidade a pergunta que nos aflige é como preservar o emprego em situações de crise? Será que a crise chegará com tanta intensidade ao Brasil que as empresas terão que demitir seus funcionários? Alguns analistas acreditam que os cortes são um caminho natural em tempos de crise. Outros analistas colocam que entre os cortes já estaria implícito o turn over sazonal do mercado. Sabemos que, de fato, em outros momentos críticos da economia mundial, houve demissões. Portanto, as demissões são um fato.O que poucos ainda analisaram são as perspectivas de superação da crise e de novas oportunidades. Estão de olho em 2009 quando talvez fosse melhor focar a lente em 2010, 2011. São nos momentos de crise que empresas e executivos devem se destacar em relação aos outros, seja pelos serviços oferecidos ou pelas decisões tomadas. Claro que todos têm que se preparar e se prevenir dos maiores danos, mesmo na hipótese de sermos pouco afetados. Afinal, em um sistema econômico globalizado todos estão sujeitos às intempéries financeiras.As oportunidades que o mercado em crise oferece são mais escassas, mas ainda existem. Empreender em momentos de crise é arriscado, mas se o risco for calculado, pode se conseguir uma melhor perspectiva de negócios. A crise exige maior criatividade, maior capacidade de análise, maior atenção e precaução.Para empreendedores, empresas e funcionários o conhecimento se torna muito mais importante. Para obter conhecimento não há outra forma: investir em educação. Educação continuada é uma opção que pode garantir sua perenidade no mercado de trabalho no futuro próximo e, além disso, garantir certa estabilidade em tempos de crise. A ordem aqui, futuro estável e estabilidade na crise, é importante. Pense no futuro porque crises são passageiras! Instituições de ensino superior oferecem cursos que podem ajudar a se tornar um líder ou a gerir um negócio próprio, até mesmo em tempos de crise. A Tuck School of Business, uma das melhores instituições de ensino dos Estados Unidos, país onde a crise nasceu e virou uma locomotiva sem freio, informou recentemente, em meio à turbulência econômica, que a expectativa é que a procura por cursos de especialização aumente no próximo ano. Por que pensar diferente?Como sabemos, são nos piores momentos que temos que compatibilizar agressividade com moderação. Agressividade na qualificação profissional e moderação na análise da crise. Certo é que profissional estagnado não é atrativo para o mercado de trabalho. Com crise ou sem crise. O momento é de repensar a carreira e, talvez, tomar novos rumos. Investir em educação é uma opção segura em qualquer tempo.
Fonte:Jornal DEZ em Educação
Olavo Henrique Furtado
Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação e MBAs da Trevisan Escolas de Negócios